16 de set. de 2009

Futebol, carreteiro e algoritmos


Nerd é uma palavra utilizada para rotular os estudantes de Informática, que só pensam em software, hardware e games. Festas, esportes, cultura e assuntos que não sejam ligados à computação são descartados por essa tribo. Não é bem assim! O novo coordenador de Ciência da Computação e Sistemas de Informação da ULBRA Canoas, Anderson Yanzer, quer provar que os nerds (pelo menos com esse estereótipo) não existem. O Byte-Bola e o Entrevero estão aí pra provar!

Esses são dois projetos extraclasse que o professor implementou no campus de Guaíba, onde foi coordenador durante seis anos. Fora do horário de aula, os alunos organizavam campeonatos de futebol e um já tradicional “Carreteiro do Curso” (Entrevero). “As pessoas tem noção equivocada de que o estudante de Informática é bicho do mato. Para ter ideia, os nossos alunos de Guaíba se envolviam tanto com o Byte-Bola que, inclusive, criavam sites para as equipes participantes com fotos e dados estatísticos dos jogadores”, comenta. Além do Byte-Bola e dos Entreveros, Anderson salienta que no campus de Torres, onde também foi professor, era comum professores se reunirem com os alunos para surfar e também andar de skate. “Isso acontece até hoje”, ressalta.

A boa nota dos cursos de Informática da ULBRA no Enade pode se explicar por meio desse viés. Quando a relação entre aluno e professor ultrapassa a trinca mesa-cadeira-quadro-negro, o ensino fica mais fácil, segundo Anderson. “Conseguimos isso em Guaíba e quero ampliar essa filosofia aqui”, projeta. O coordenador comenta ainda que se pudesse colocaria a sala da coordenação ao lado do Laboratório de Informática (LABIN) para ficar mais próximo dos alunos e das atividades diárias do curso.





UM BOM SALÁRIO - Quem conhece o professor sabe que a construção do conhecimento passa pelo acréscimo de novos conceitos. Desde 1991, quando foi aluno de Processamento de Dados na ULBRA, passando pela especialização em 1997, mestrado em 2001 e doutorado em 2007, Anderson sempre procurou quebrar paradigmas no ensino da Informática. Para ele, as aulas baseadas no uso do giz e pincel atômico estão com os dias contados. “Quase não uso o quadro negro. Acredito que a educação deva ser apoiada por ambientes on-line, pois assim otimizamos as aulas e aproveitamos o tempo disponível para uma maior diversificação de atividades e interação entre professor e alunos”, afirma.

O coordenador se diz orgulhoso em colocar diversos alunos no mercado a cada semestre. Segundo ele, a qualidade dos egressos e também dos estudantes são disputadas pelas empresas do setor. “Li uma pesquisa na Revista Você S/A, que aponta a média salarial dos profissionais de Tecnologia da Informação no Brasil próxima aos R$ 5.000,00. É um bom salário, uma das maiores médias entre todas as categorias profissionais”, comenta. O professor destaca que já existem alunos do segundo semestre na ULBRA com estágios garantidos.

Ampliar a qualidade das graduações adotando o seu estilo de trabalho é o objetivo que Yanzer pretende concretizar em breve. Para isso, vai promover reuniões periódicas com professores e conversas com coordenadores dos outros campi para troca de experiências. Além disso, a comunicação é uma das palavras-chave em sua gestão e para isso conta com a parceria da ACS/ULBRA no desenvolvimento de novos canais de relacionamento com os públicos afins. Entre uma aula de algoritmos aqui e outra de engenharia de software ali, Anderson promete futebol, carreteiro, surfe e skate. Quem é mesmo nerd???


veja matérias anteriores no site http://ulbratec.blog.terra.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário